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Moçambique: Justiça vai pressionar Manuel Chang a implicar ex-PR Armando Guebuza

Numa nota enviada à Lusa no seguimento da detenção de Manuel Chang na África do Sul, em trânsito de Maputo para o Dubai, o director para África Subsaariana da Eurasia, Darias Jonker, disse que “a extradição de Chang vai provavelmente desvendar mais revelações sobre o escândalo da dívida oculta, já que os Estados Unidos deverão usar as acusações iniciais para pressionarem Chang, coagindo-o a cooperar com as investigações internacionais”.

Para este analista, “estas revelações deverão implicar o antigo Presidente Armando Guebuza e identificar a localização de 700 a mil milhões de dólares de fundos públicos que continuam por apurar, e que provavelmente estão na posse directa ou indirecta de altos dirigentes da Frente para a Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder desde 1975).

Em causa estão os empréstimos contraídos por empresas públicas moçambicanas entre 2013 e 20214, no valor de 2,2 mil milhões de dólares, que foram escondidos das contas públicas apesar de terem o aval do Estado, que a acusação da Justiça norte-americana diz ter tido a assinatura do então ministro das Finanças, Manuel Chang, que é acusado de ter recebido pelo menos um suborno de 5 milhões de dólares.

A pedido dos Estados Unidos, que emitiram o mandado de detenção internacional, Manuel Chang está detido em Joanesburgo desde Dezembro.

Além do antigo ministro das Finanças moçambicano, a investigação que está a ser realizada pela justiça norte-americana levou à detenção de outros três antigos banqueiros do Credit Suisse, em Londres, e de um intermediário libanês da Privinvest, no aeroporto de Nova Iorque.

Fonte: Lusa

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