
Conforme divulgado pela Angop esta terça-feira, o Bureau Político do Comité Central do partido repudiou a atitude do Folha 8 de associar o Presidente Agostinho Neto aos defensores da escravatura, considerando “leviana e irresponsável” a inclusão do Fundador da Nação entre as figuras cujas estátuas estão a ser removidas de espaços públicos, por manifestantes anti-racistas, nalguns países.
O MPLA repudiou, com veemência, esta terça-feira, o jornal Folha 8, pela publicação de um texto em que associa o então Presidente de Angola, António Agostinho Neto, às figuras consideradas defensoras da escravatura.
Para o MPLA, trata-se de uma “atitude despropositada e infame”, que “atenta contra a História e memória colectiva do Povo Angolano e revela falta de Patriotismo” do jornal.
Conforme o partido no poder, António Agostinho Neto é reconhecido e respeitado a nível nacional e internacional, “como destemido soldado da linha da frente no combate à segregação racial e da luta armada de libertação nacional”.

O partido sublinha que, sob a sua liderança (Neto), Angola se constituiu, por vontade própria, “em trincheira firme da revolução em prol dos ideais de liberdade e dignidade” dos africanos.
“As obstinadas tentativas de macular a honra e o bom nome de António Agostinho Neto, Herói Nacional e Pai da Independência de Angola, enquadram-se na campanha com fins inconfessos que o jornal Folha 8 tem levado a cabo ao longo dos anos”, lê-se na nota.
O MPLA escreve que se reserva ao direito de voltar a recorrer às instâncias de justiça e à Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana, no sentido de fazerem cumprir, de facto e de júri, com o estabelecido nos termos da Constituição e da lei, quanto aos limites ao exercício da liberdade de imprensa e de opinião.
O Bureau Político do MPLA exorta os angolanos a pautarem a sua conduta no respeito pela convivência harmoniosa e a não pactuarem com “desvarios e modismos políticos que possam minar o ambiente de pacificação dos espíritos”.
Lembra que, nesta altura, no âmbito da reconciliação nacional e consolidação do Estado Democrático de Direito, está em curso o processo de homenagem às vítimas dos conflitos políticos registados em Angola, entre 11 de Novembro de 1975 e 4 de Abril de 2002.
Noutro domínio, no quadro das comemorações do 45.º aniversário da Independência Nacional, o MPLA reafirma a preservação incondicional do legado político do Presidente António Agostinho Neto, continuando a interpretar e a satisfazer as mais profundas aspirações do Povo Angolano.