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ONU ataca “açambarcamento” de vacinas que faltam nos países mais pobres

António Guterres, secretário-geral da ONU, aproveitou uma entrevista à estação pública de televisão do Canadá para mostrar o seu descontentamento face ao injusto armazenamento excessivo de vacinas nos países ricos quando estas faltam de forma gritante entre os menos desenvolvidos.

O Secretário-Geral das Nações Unidas, na entrevista à CBC, naquilo que tem vindo a ser recorrente nas suas declarações sobre a pandemia, advertiu para a urgência de perceber que a partilha das vacinas é uma ferramenta essencial no combate à progressão do Sars-CoV-2.

Aproveitou igualmente o momento para lançar mais um apelo veemente aos países mais desenvolvidos para partilharem parte das vacinas que garantiram pelo simples facto de terem mais dinheiro, sendo igualmente verdade que muitos destes países já têm mais doses das vacinas disponíveis que o total das suas populações.

E porque “é do interesse de todos os países garantir que o acesso às vacinas surge o mais depressa possível e de forma justa porque as vacinas devem ser encaradas como um bem público”, apontou.

Um dos exemplos que deu nesta entrevista à televisão pública do Canadá, que, apesar de já ter mais doses garantidas que todos os seus habitantes, tem estado na linha da frente da disponibilização de vacinas para os menos favorecidos, é que o sistema Covax, cujo objectivo é garantir o acesso aos imunizantes pelos mais pobres, está a sentir sérias dificuldades por falta de contributos.

E, por fim, deixou um recado claro: o sucesso das campanhas de vacinação só estará assegurado se todos, em todos os países do mundo, forem imunizados, numa percentagem que garanta a imunidade de grupo.

Para acelerar esse processo, Guterres deixou um pedido ao G20, organismo que agrega os 20 países mais ricos do mundo, para promoverem mecanismos de partilha mais afinados e céleres.

Nesta entrevista, António Guterres lembrou que seria um desastre global chegar a um ponto em que o passaporte de um cidadão determinaria a sua possibilidade de se deslocar, o que daria como certo que o mundo desenvolvido teria livre circulação e o resto do planeta, não.

Em Angola, depois de terem chegado ao País 624 mil doses da vacina da AstraZeneca/Oxford, via Covax, mais 200 mil da Sinopharm, foram oferecidas pela China, e, entretanto, o Presidente da República autorizou um ajuste directo no valor de 111 milhões de dólares para a compra de seis milhões de doses da vacina russa Sputnik V para imunizar trabalhadores de saúde, pessoal dos serviços sociais, idosos de lares, professores, pessoal de segurança pública, incluindo bombeiros e militares, bem como outros grupos muito expostos ao SARS-CoV-2.

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