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Operação Fizz. Juiz aceita denúncias contra Carlos Silva e Proença de Carvalho

Banqueiro Carlos Silva e advogado Proença de Carvalho são visados em novas denúncias de procurador que terá sido corrompido por Manuel Vicente. Exposição pode ser considerada.

O juiz responsável pelo caso em que Manuel Vicente está acusado de corromper o procurador Orlando Figueira recusou a posição do Ministério Público. Mas a exposição do procurador português, em que este deverá apontar culpas ao banqueiro Carlos Silva e ao advogado Proença de Carvalho deverá ser analisado.

Nesse documento, o arguido e antigo magistrado do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) explica que quer contar tudo o que sabe, assegurando que quem esteve no centro da teia descrita pela investigação não foi o antigo vice-presidente angolano, Manuel Vicente, mas sim Carlos Silva e o seu advogado, Daniel Proença de Carvalho.

Mesmo que o procurador responsável pelo julgamento, José Góis, considere que esta nova versão dificilmente seria chamada “à colação em sede de audiência”, é possível que as revelações feitas por Orlando Figueira sejam analisadas durante as sessões de julgamento, que arrancam na próxima segunda-feira.

O caso que envolve Manuel Vicente — que foi presidente da Sonangol e o braço-direito de José Eduardo dos Santos na presidência angolana — continua a causar forte atrito nas relações entre Portugal e Angola. Como o Jornal de Negócios conta na edição desta terça-feira, o governo de João Lourenço prepara-se para responder à “ofensa” com sanções económicas a Portugal. Uma medida que, a concretizar-se, pode colocar em causa as exportações portuguesas para aquele mercado.

O mesmo jornal avança ainda que as autoridades angolanas estão comvencidas de que Manuel Vicente não será julgado no âmbito da ‘operação Fizz’, alegando que a justiça portuguesa falhou a notificação ao antigo vice-presidente de Angola.

O julgamento começa na próxima segunda-feira, dia 22 de janeiro, no Tribunal Judicial de Lisboa. Recorde-se que Manuel Vicente é acusado de ter tentado corromper Orlando Figueira, quando este era procurador do Ministério Público, para garantir o arquivamento de alguns processos.

Fonte: Observador

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