Operação Fizz: “Superjuiz” Carlos Alexandre vai depor no âmbito do caso Manuel Vicente

Muito embora tenha começado por negar todos os crimes de que é acusado, Orlando Figueira admitiu, recentemente, ter praticado fuga ao fisco e branqueamento de capitais, ao ter aberto uma conta bancária em Andorra para receber pagamentos da Primagest que diz serem a retribuição de serviços de consultoria que prestava à empresa – mas que o Ministério Público assegura serem luvas de Manuel Vicente.
Já Cândida Almeida liderava o DCIAP numa altura em que as relações da justiça portuguesa com a angolana estavam de bem, tendo o departamento investigado vários casos em que o Estado angolano se queixava de ter sido burlado por particulares, tendo os poderes de Luanda ficado satisfeitos com o seu desfecho. Muitos destes processos estavam a cargo de Orlando Figueira, que foi também encarregue de verificar a origem dos 3,8 milhões de euros com que Manuel Vicente comprou um apartamento de luxo no Estoril.
Manuel Vicente é acusado de ter pagado a um procurador do DCIAP, Orlando Figueira, para que este arquivasse processos em que este era suspeito de branqueamento de capitais. Até ao início de 2012, altura em que foi para o Governo, Manuel Vicente era presidente do conselho de administração da Sonangol, empresa na qual Orlando Figueira terá entregado o currículo do filho de Carlos Alexandre.