
Este domingo foi dia de estreias na Assembleia da República de Portugal. Para além da renovação dos representantes eleitos, entraram três novos partidos : Iniciativa Liberal, Livre e Chega. Aumentou o número de mulheres deputadas, três delas negras, sendo esta a primeira vez que se senta no Parlamento português uma mulher negra. Ainda que a representatividade aumente com estas mudanças, a paridade ainda está longe .
Foram eleitas 88 deputadas dos 226 deputados eleitos ( faltam 4 do ciclo da imigração para o total de 230), equivalente a 38,93% do plenário. Este é um número que tem vindo a crescer nos últimos anos e que é consequência da nova lei da paridade, que determinava uma representação mínima de 40% de mulheres nas listas candidatas às legislativas. Já nas eleições de 2015, foram eleitas 76 deputadas (33,04%), um número que em 2018 já se tinha alterado para 82 (36,4%).
Faltam ainda saber quais são os quatro representantes na Europa e fora da Europa, prevendo-se dois cenários: a entrada de três homens e uma mulher ou a entrada de quatro homens. Em qualquer um dos casos, a percentagem de mulheres na Assembleia da República de Portugal não ficará abaixo dos 38,26%.
Para além da representatividade de género, a representatividade racial também aumentou. Com a entrada de Beatriz Dias (Bloco de Esquerda), Romualda Fernandes (Partido Socialista) e Joacine Katar Moreira ( Livre) dá-se também uma estreia, uma vez que estas são as primeiras mulheres negras a representar os portugueses na Assembleia da República.
Fonte: Sábado.