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Paulo Portas disse que transição em Angola “é para levar a sério”

O vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), Paulo Portas, afirmou hoje que a transição em Angola “é para levar a sério” e não “cosmética” como alguns analistas disseram.

Falando num encontro com empresários na sede da CCIP, em Lisboa, sobre as perspetivas económicas e riscos políticos para 2018 em diferentes geografias do mundo, o ex-ministro e ex-líder do CDS-PP disse que no caso de Angola “é uma transição para levar a sério”, tendo também sinalizado como positivas as mudanças na política cambial e na de concorrência daquele país africano.

“Era evidente que havia na própria comunidade internacional a expetativa de que houvesse também mudanças na política cambial [mais flexível] e na política de concorrência”, lembrou ainda aos jornalistas no final do encontro.

Paulo Portas realçou que estas mudanças são “muito importantes” para as empresas poderem expatriar os dividendos e fazerem os seus pagamentos.

O actual Presidente da República de Angola, João Lourenço, foi eleito nas eleições gerais angolanas de 23 de agosto, tendo sucedido à liderança de 38 anos de José Eduardo dos Santos.

Sobre o relacionamento entre Portugal e Angola, Portas não quis fazer nenhum comentário, tendo referido apenas aos jornalistas que “o relacionamento [de Portugal] com os países lusófonos é muito importante, não apenas para a economia [portuguesa], mas para a afirmação [de Portugal] no mundo”.

De acordo com Paulo Portas, o foco da sua intervenção “foi global”, sendo que na ocasião abordou temas como os desafios da União Europeia, o impacto da administração Trump, o papel da China na política internacional, a crise do Médio Oriente, a evolução dos países da América Latina, o posicionamento geopolítico da Rússia e a situação em diversos países em África.

O que interessa às empresas portuguesas “é procurar olhar para o mundo”, sublinhou Paulo Portas, lembrando que Portugal fez “um grande caminho” para ter uma economia mais exportadora e que “precisa [atualmente] como de pão para a boca” de capturar investimento.

Logo, “os empresários necessitam de saber onde há riscos e oportunidades”, pelo que se trata de “uma questão relevante”.

Fonte: Lusa

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