“Piloto da TAP forçou escala em Ponta Negra”, afirma Ministério dos Transportes

Uma fonte ligada ao Ministério dos Transportes informou, nesta segunda-feira, que a medida “não se justificava em absoluto, à luz dos procedimentos locais”.
Segundo a fonte, “quando o actual Presidente da República [ João Lourenço] viaja o espaço aéreo angolano fica fechado apenas durante 15 minutos, período durante o qual o avião da TAP poderia ter dado uma volta e regressado ao Aeroporto 4 de Fevereiro, para aterrar normalmente”.
Em vez disso, explicou, “o comandante do voo resolveu viajar durante 45 minutos até Ponta Negra, onde permaneceu durante cerca de duas horas”.
“Assim, contados o percurso de ida e volta entre Luanda e aquela cidade congolesa, bem como o tempo de espera nesta última, o voo em questão só aterrou na capital angolana muito depois da meia-noite, quando, pelo horário, deveria tê-lo feito às 21h05 locais”, referiu.
A fonte do Ministério dos Transportes disse à ANGOP que a Torre de Controlo do Aeroporto 4 de Fevereiro manteve-se sempre em contacto com o comandante do avião, a quem informou que o seu tempo de espera no ar seria apenas de 15 minutos.
Fonte : ANGOP.
Faltam muitos pormenores nesta história.
Pelo que se percebe, o espaço aéreo foi fechado (interditado) e a aeronave em questão já estava no seu interior.
Obviamente saiu ou melhor, fugiu.
Se era para “entrar em espera” (dar uma volta como está mencionado) a indicação da torre (TWR) deveria ter sido clara nesse sentido e nunca a informação de espaço aéreo fechado. Não pode haver mal-entendidos.
Se um espaço aéreo vai ser fechado, é feita antecipadamente uma comunicação aeronáutica (NOTAM)
Se não houve Notam, é natural que o piloto admita tratar-se de situação grave e repentina e se apresse a cumprir, saindo imediatamente do espaço aéreo fechado (proibido a qualquer voo) e pondo a salvo aeronave e ocupantes, de eventuais e desconhecidas consequências.
“Invadir” ou permanecer num espaço aéreo fechado pode ter um final muito grave. (terrorismo e atentados obrigaram os países a adoptar procedimentos duros, perante incumprimentos, que podem ir até ao abate).
Finalmente, nenhum ministério do mundo questiona uma decisão de um piloto em comando. Há procedimentos de averiguação estabelecidos e as comunicações entre TWR e a aeronave estão gravadas.
Digo eu, a pensar alto, divertido e sem saber nada disto.