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Portugal: Clientes angolanos lideram na corrida pelas melhores marcas de luxo

O mercado português ainda fica atrás de outros como o de França, Reino Unido ou Itália, mas tem capacidade para atrair mais visitantes que procuram um destino de qualidade e uma boa oferta.

Nos últimos cinco anos, Portugal foi o país que mais cresceu em compras no regime Tax Free em toda a Europa, muito por culpa da globalização e pelo aumento exponencial no Turismo, como disse Jacques Stern, CEO da Global Blue, à margem da primeira edição das Luxury Talks, organizada pela criadora do conceito Tax Free, que decorreu esta semana em Lisboa.

Actualmente, mais de metade das compras Tax Free em Portugal são feitas por viajantes de língua portuguesa, oriundos dos PALOP e do Brasil. No entanto, Portugal está hoje menos dependente dos gastos feitos por clientes angolanos do que há cinco anos, graças a um aumento de visitantes chineses e americanos.

Ainda assim, os compradores de origem angolana continuam a liderar as preferências por Portugal, representando 33% das compras feitas no país, o que representa um impacto nos negócios em Portugal na ordem dos 11,4%.

Os dados são de um estudo da Global Blue focado no mercado europeu e na Turquia, que conclui ainda que os turistas chineses estão a aumentar em Portugal, representando 15% das compras feitas e têm um impacto de 7,2% nos negócios em Portugal. Os chineses ultrapassaram já os brasileiros, cujo impacto nos negócios em Portugal ronda os 6,1%.

“O Brasil é muito importante para Portugal porque os turistas desta nacionalidade iniciam a sua viagem na Europa a partir daqui”, explica Jacques Stern. Contudo, alerta, “nem sempre fazem as compras por cá”. Esta é, aliás, uma das oportunidades que identifica para o país. “É preciso adaptar a oferta para captar mais compras de brasileiros pois continuam a preferir comprar em França, Itália ou Alemanha, países que associam ao luxo.”

Transformar Portugal num destino de compras de luxo é uma meta interessante, mas também exigente. Como tornar a oferta atractiva, de forma a conseguir aumentar o gasto médio por visitante que hoje é de 848 euros, um pouco mais de um terço do valor que cada turista de luxo deixa em França (2.150 euros), o líder europeu neste segmento? Um objectivo difícil mas não impossível, como concordam alguns dos retalhistas portugueses.

Promover Portugal como destino de compras exige um alargamento da oferta, especialmente no segmento do luxo, o que nem sempre é fácil, dizem os representantes de marcas nacionais e internacionais.

Fonte: Expresso.

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