Portugal: Espionagem é “uma séria ameaça” aos interesses nacionais

O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2018 considera as acções de espionagem “uma séria ameaça à segurança e aos interesses nacionais”, nomeadamente quando visam as estruturas governamentais e tecido empresarial.
“As acções hostis de espionagem representam uma séria ameaça à segurança e aos interesses nacionais, em particular quando visam as estruturas governamentais, o tecido empresarial, as infraestruturas críticas e a capacidade nacional de inovação e desenvolvimento”, precisa o RASI, que foi entregue esta sexta-feira na Assembleia da República portuguesa.
“São igualmente danosas para os interesses nacionais as actividades prosseguidas por organizações estrangeiras, em especial pelos serviços de informação, que visam fragilizar os alicerces da União Europeia e minar a confiança dos cidadãos nas suas instituições, bem como os esforços de desacreditar o papel da NATO na segurança da Europa”, indica o documento.
O RASI sublinha também que continua a “evidenciar-se o interesse de estudantes e cientistas” pela frequência de cursos e de eventos académicos e científicos em Portugal em diversas áreas, “situações que têm merecido a avaliação pelo risco que podem representar de transferência de conhecimento sensível”.
O RASI dá conta de uma diminuição de 8,6% da criminalidade violenta e grave no ano passado em relação a 2017, e de uma descida de 2,6% dos crimes gerais, apesar de se ter registado um aumento de 34,1% dos homicídios e de 46,4% dos crimes de extorsão.
Os crimes que contribuíram para a diminuição da criminalidade violenta e grave no ano passado foram o roubo por esticão, que desceu 18.6%, o roubo na via pública sem ser por esticão, que baixou 9,4%, menos 552.
Fonte: Lusa.