Portugal: Marcelo aprova novo embaixador de Angola

O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa já deu luz verde ao novo embaixador de Angola em Portugal. Em declarações à Sic, o Chefe de Estado português sublinhou que a substituição de representantes diplomáticos “faz parte do relacionamento natural entre Estados” e lembrou ainda que esta mudança já afectou cerca de 50 embaixadores estrangeiros.
A Casa Civil do Presidente angolano, João Lourenço, emitiu na segunda-feira uma nota que anunciava que o embaixador angolano em Lisboa, José Marcos Barrica, “havia sido nomeado para as funções, que agora cessam, em abril de 2009”. A decisão foi lida à luz tensão nas relações entre Angola e Portugal, devido ao processo Fizz, que está a julgar, em Lisboa, o ex-vice-Presidente da República angolana, Manuel Vicente.
“Marcelo desdramatizou esta exoneração: “Não há nenhuma razão crítica. Há um que sai e há outro que já tem agrément“. “Até já tem há bastante tempo”, acrescentou.
O Chefe de Estado português sublinha assim que já tinha conhecimento prévio da saída de José Marcos Barrica, aliás, tal como o Ministério dos Negócios Estrangeiros, tal como o ECO avançou. “O Ministério dos Negócios Estrangeiros já tinha conhecimento de que o Governo angolano iria proceder à exoneração do Embaixador José Marcos Barrica, visto ter sido já concedido agrément à nomeação do seu sucessor”, disse, ao ECO, fonte oficial do gabinete de Augusto Santos Silva sem, no entanto, confirmar o nome do diplomata a quem foi dado o agrément. Contudo, recorde-se que, em janeiro, o Público tinha avançado que Carlos Alberto Fonseca deveria ser o novo embaixador angolano em Portugal.
“Este ano tenho de assinar o agrément a dar concordância ao novo embaixador e depois receber as cartas credenciais do novo embaixador, logo depois do anterior se ter despedido”, explicou ainda Marcelo Rebelo de Sousa.
A saída de José Marcos Barrica, antigo ministro da Juventude e dos Desportos, de 56 anos, surge já depois daquele que é o normal período de permanência de um embaixador num posto e insere-se num movimento de rotação diplomático mais amplo que inclui embaixadores colocados em postos como Madrid, Nova Iorque, Viena ou Genebra.
Fonte: ECO