
Depois do golpe militar, que teve início comoprotesto salarial, o Presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita anunciou pela televisão a renúncia ao cargo. O Presidente e o primeiro-ministro, Boubou Cissé, foram escoltados por soldados das Forças Armadas.
Tudo aconteceu após um tumulto na base militar de Kati, a 15 km da capital, Bamako. Um protesto salarial ganhou dimensão e redundou numa investida para derrubar o governo, depois de meses de protestos populares contra a corrupção, má gestão e aumento da violência. Os soldados que assumiram o poder anunciaram entretanto a criação de uma “Comissão Nacional para a Salvação do Povo”.
Já há reacções oriundas de diferentes latitudes. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, advertiu, através das redes sociais que um golpe de Estado “nunca é a solução para uma crise, por mais profunda que seja”. O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, condenou, “energicamente” as referidas detenções.
Keïta venceu um segundo mandato nas eleições de 2018. A notícia da saída do Presidente foi muito bem recebida pelos manifestantes contra o Governo.