Professor angolano David Suelela obtém nota máxima em tese de doutoramento na Universidade de Évora

O professor David Jorge Lopes Suelela, da Escola Superior Politécnica de Malanje (afecta à Universidade Lueji A’Nkonde), defendeu hoje, 01 de Julho, a sua tese de doutoramento em Linguística na Universidade de Évora, em Portugal.

A tese intitulada Complementação Finita no Português de Angola: Para uma gramática da frase, obteve a nota máxima com a classificação 20 valores, com a qualificação de Aprovado com Distinção e Louvor por Unanimidade.

O presidente do Júri, Dr. Hélder Adegar Fonseca, professor catedrático da Universidade de Évora, elogiou o rigor cientifico do trabalho do docente angolano. A professora Maria do Céu Brás da Fonseca foi a orientadora da tese de doutoramento.

“O trabalho visa descrever a natureza estrutural e funcional da complementação oracional finita na variedade angolana do português, segundo os princípios teóricos e metodológicos do funcionalismo linguístico das escolas francesas e espanhola. Pretende-se contribuir para o estudo de uma proposta de gramática da frase que evidencie o actual panorama deste subtipo de subordinação na norma angolana do português”, lê-se na apresentação do trabalho.

David Jorge Lopes Suelela, nasceu aos 31 de Agosto de 1988, no bairro do Ritondo, em Malanje. Fez a licenciatura em ensino da Língua Portuguesa pelo Instituto Superior de Ciências da Educação de Luanda (ISCED), é professor de Metodologia da Língua Portuguesa da Escola Superior Politécnica de Malanje (Universidade Lueji A’Nkonde). É membro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP). Fez o mestrado em Estudos Didácticos, Culturais, Linguísticos e Literários pela Universidade da Beira Interior, em Portugal. É colunista do Jornal de Cultura das Edições Novembro.

“Hoje foi mais uma manhã difícil no meu percurso académico, mas terminada com a classificação máxima, 20 valores “, disse David Suelela visivelmente emocionado no dia em que a sala 205 do Palácio do Vimioso, da Universidade Évora se tornou “verdadeiramente angolana”.