Cronistas

Quero ajudar pessoas

Quando uma pessoa descobre algo novo que lhe ajuda a mudar uma situação importante na sua vida, ela fica cheia de vontade de fazer com que essa novidade funcione com todas as pessoas que a rodeiam. Então, rapidamente aquela pessoa que se tornou mais feliz, torna-se também mais chata pela insistência constante sobre o antídoto que vai salvar o mundo.

A pergunta mais constante da pessoa que está nesta situação é: “Como é que só eu é que vejo isto?”

Um dos exemplos foi agora no início do ano, em que muita gente falou sobre o “antídoto” para alcançar objetivos no ano novo, e parece que cada um fala de um “antídoto diferente”, afirmando com toda a certeza que o seu é o que vai funcionar.

Tive uma professora na Faculdade de Psicologia que dizia assim: “O melhor sinal de que um cliente está envolvido no processo de mudança, é que ele veio até ti, isso quer dizer que, ainda que pareça que não, ele quer mudar.”

Isso quer dizer que se andas atrás das pessoas para ajudá-las, ainda que elas precisem, provavelmente elas não querem, e isso é o primeiro passo para não mudar – não querer mudar.

Isso também quer dizer que, na maioria das vezes, não vale a pena investir tempo numa pessoa que não quer mudar. Por outro lado, qualquer antídoto pode funcionar com uma pessoa que quer muito mudar.

Para um vencedor qualquer argumento é válido para vencer. Para um perdedor qualquer argumento é válido para perder.

Um vencedor pega em qualquer coisa e usa a seu favor. Um perdedor pega em qualquer coisa e usa como desculpa para a sua derrota.

Uma pessoa que quer ser ajudada, num primeiro momento, qualquer “antídoto” serve para começar a caminhar (naturalmente mais para a frente terá que reajustar estratégias de acordo com os seus objetivos específicos). Uma pessoa que não quer ser ajudada, qualquer “antídoto” serve para ela dizer que não dá, que não vale a pena, que não é assim, que é treta, estratégia de marketing ou uma moda que vai passar rápido.

Se queres ajudar pessoas, espera ver a sede de mudança nelas, senão podes ter a certeza que vais ficar frustrado com a falta de efeito que o teu “antídoto” vai ter, e pior, vais começar a duvidar dele até para ti.

Mudar o mundo não é mudar todo o mundo, é mudar-nos primeiramente a nós, as pequenas coisas que podemos mudar e as pessoas que querem mudar. Isto porque na verdade o Desenvolvimento Pessoal só é prático e real se também for um Desenvolvimento Interpessoal. Ou seja, isso quer dizer que a tua mudança só se prova quando ajudas alguém a mudar, quando impactas alguém com a tua presença.

Para isso, acredita, não precisas de insistir em fazer alguém mudar, precisas apenas de ser tu.

Fonte: Lusa

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