
“Trouxemos também para o debate as causas que têm levado a termos maior constrangimento neste momento e que provoca uma brutal, para não dizermos dramática, baixa de taxas de ocupação e que tem estado a levar à falência muitas das nossas unidades hoteleiras”, afirmou o secretário-geral da Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (AHARA), Ramiro Barreira.
Falando em Luanda, na abertura do primeiro Congresso Nacional de Hotelaria, Ramiro Barreira disse que a actual situação leva com que o sector registe “muito desemprego”, defendendo a necessidade de “crédito, principalmente, na reactivação do sector hoteleiro”.
“Pedimos também que continuemos de mãos dadas com o Executivo para encontrarmos as melhores plataformas que visem, a breve, pôr Angola no caminho certo do desenvolvimento e do crescimento económico”, adiantou.
Para o líder associativo, apesar do contexto difícil, os operadores do sector sentem “alguma retoma da economia angolana” com reflexos na “melhoria considerável” das taxas de ocupação, sobretudo em Luanda, que nos últimos tempos passaram de “quase 25% para 30% e há hotéis que atingem os 60%”.
Reconheceu que o estado caótico de muitas vias rodoviárias constitui um grande “handicap” para o crescimento do sector hoteleiro, situação que converge para que as taxas de ocupação nas unidades hoteleiras do país sejam baixas.
“Compreendemos que há algum esforço na melhoria de algumas vias e esperamos que até ao final do ano possamos ter estradas em condições”, notou.
Segundo Ramiro Barreira, “é falsa”, a questão segundo a qual a qualidade dos serviços hoteleiros do país deixa a desejar e que os preços sejam exagerados, porque os “casos isolados e já identificados”, não podem sobrepor a qualidade que muitos hotéis, resorts e albergarias apresentam .
A qualidade dos serviços hoteleiros do país, energia e águas como factores indispensáveis para o desenvolvimento da hoteleira e turismo, o financiamento ao sector, higiene e segurança alimentar são alguns dos temas em discussão no congresso que termina nesta sexta-feira.
Fonte: Lusa.