
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) investiga as 20 viagens a Lisboa feitas nos últimos dois anos pela mulher, de 31 anos e nacionalidade angolana, funcionária de uma loja da TAP em Luanda e que aguarda julgamento presa após ter sido apanhada a traficar duas mulheres e duas crianças.
Cada uma das deslocações feita pela suspeita, com visto de turista, durou no máximo dois dias. Com o apoio da sua congénere angolana (SME – Serviço de Migração e Estrangeiros) , o SEF procura perceber os motivos destas deslocações, acreditando que em pelo menos algumas ocasiões a mulher trouxe consigo vários imigrantes, para entrarem ilegalmente no espaço Schengen.
Entretanto as mulheres de 27 e 31 anos, duas das quatro vítimas de tráfico humano salvas pelos inspectores do SEF, foram ontem interrogadas no Departamento de Instrução e Acção Penal (DIAP) de Lisboa.
As mulheres e as duas crianças, de 1 e 7 anos, que acompanhavam a funcionária da TAP (filhas da mulher mais velha), estão alojadas no Centro Temporário do Aeroporto, antes de passarem para uma instituição de apoio a vítimas de tráfico humano.
Além dos crimes de auxílio à imigração ilegal e tráfico de seres humanos, a funcionária da TAP em Luanda foi também alvo de um auto de contraordenação por contrabando de tabaco.
Fonte: CM.