Cronistas

Sem precisar de binóculos

Visto pelos olhos dum vagabundo, nos últimos dias o mundo em que vivemos tá com esta formatação:

O governo sírio executa bombardeamento com gás sarin no norte do país e acusa os rebeldes bombardeados de terem sido eles os executores. Bombardearam-se? Os Estados Unidos fazem demonstração de força e, como tinham em stock muitos Tomahwak, lançaram 59 sobre uma base de Assad  mas antes avisaram os russos. Estes esperaram a operação terminar e depois saíram em defesa do aliado sírio no Conselho de Segurança, de onde nada vai sair que ajude a população do país.

Os presidentes da China e dos Estados Unidos estiveram reunidos para debater as vias de entendimento entre as duas maiores economias do mundo, com grandes interesses recíprocos: os norte-americanos têm inúmeras empresas em território chinês e a China é a maior detentora mundial de títulos do tesouro USA.  

No Brasil, juiz do Supremo Tribunal Federal autoriza abertura de inquéritos sobre 9 ministros, 29 senadores, 42 deputados federais e 12 governadores, com base em “delações premiadas” de executivos da nossa bem conhecida Odebrecht. Desde 2015 as diversas alas da elite politica que tem governado o Brasil lutam intensamente entre si, todas envolvidas em escândalos, todas com discursos opostos às respectivas práticas e incapazes de encontrar saídas da crise que elas próprias criaram ou não viram chegar.

Na RD Congo, há dias o presidente Kabila disse que ia nomear o primeiro ministro da transição em 48 no máximo. Nomeou? Não. Ao mesmo tempo, a maior aliança oposicionista, perante a urgência de sucessão do falecido líder Etienne Tshesekedi, enrola-se em lutas de personalidades.

Em França a esquerda vai divida às eleições e pelo menos apareceu uma nova faixa centrista (com E.Macron) capaz de derrotar a ultra direitista Marine Le Pen.

Em Angola terminou o registo eleitoral com um total próximo de 9,5 milhões de eleitores. Com os cerca de 24 milhões de habitantes, eu contava  com um corpo eleitoral de 10 milhões e qualquer coisa. Ninguém impediu ninguém de se registar. Até se fizeram fortes campanhas de mobilização para todos os que têm direito de voto. Portanto, quem não foi dar o nome é porque não quis, não tá para se chatear, tá se marimbando ( e não digo outros adjetivos)  Se aquele calculo de expectativa está certo, seriam perto do milhão.

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