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SINSE cria centro para acompanhar redes sociais

O general Fernando Garcia Miala introduziu na nova organograma do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), um denominado Centro de Desenvolvimento Técnico (CDT) cuja missão é a recolha e tratamento de dados, e informações veiculadas nas redes sociais e nos órgãos de comunicação públicos e privados, nacionais e estrangeiros e noutras publicações diversas.

A medida faz parte das reformas que Fernando Miala tem estado a implementar na secreta domestica. O CDT, segundo decisão estatutária é dirigida por um director nacional, coadjunto por um adjunto. Até algum tempo o SINSE tinha poucos quadros experimentados em questões das novas tecnologias, embora durante muito tempo, ventilou-se que uma atenção especial nesta área seria confiada a um alto funcionário, Manuel Homem, que abandonou a instituição depois de ter sido marginalizado.


Até 2011, o SINSE conforme apreciação competente, reconhecia dificuldades no supervisionamento da actividade de intercepção e descodificação de mensagens transmitidas na internet, e também não prestavam atenção a matéria desta natureza, até Março daquele ano, um cidadão anônimo, inspirado na primavera árabe, ter usado as redes sociais para convocar uma manifestação “para derrubar o regime”.


No seguimento das inquietações que as autoridades foram sentido com a ameaça da aludida manifestação convocada via internet, o SINSE recorreu a especialistas Israelitas para a compra de aparelhos de alta tecnologia habilitados para rastreamento de mensagens electrônicas “on-line”. Porém, Por falta de quadros com conhecimento para manejar os novos equipamentos, o SINSE, mandou vir de emergência um grupo de 50 especialistas Israelitas ligados as comunicações que chegaram a Luanda, dois dias antes da data da convocada manifestação. A tarefa foi confinada a identificar a origem do email que ameaçava “derrubar o Presidente José Eduardo dos Santos, do poder, no dia 7 de Março”.


Durante as pesquisas, os especialistas estrangeiros informaram as autoridades angolanas que para além de terem sido chamados a “última da hora”, era demasiado tarde para detectar a origem primaria do email ameaçador.


De acordo com cálculos avulsos, o SINSE chegou a gastar perto de 1 milhão de dólares apenas para a operação de prevenção, contra a “manifestação do 7 de Março” que fora convocada com recurso a internet. A estimativa é baseada nas despesas diárias dos especialistas estrangeiros (cada 5 mil dólares por dia), no preço de cada aparelho de “Keched” instalado nas ruas (cerca de USD 100 mil por cada) e igualmente o preço de dois volumes de caixas de aparelhos para monitorização de rastejos na internet.


A “manifestação do 7 de Março” partiu de uma brincadeira de um jovem angolano na diáspora (nome salvaguardado) que na seqüência da deposição do ditador Hosni Mubarak alegrou-se com os dizeres de uma convocatória que leu num site árabe convocando uma manifestação. O jovem traduziu o texto da convocatória para o português e nas palavras, onde estava “Egipto” colocou “Angola”. De seguida enviou a mensagem (convocatória) para uma rede de remetentes e estes por sua vez disseminaram o e-mail a toda comunidade angolana. Para a escolha da data ao qual iria convocar a manifestação, o jovem acabaria por escolher uma data mais próxima que foi o “7 de Março” , data do aniversario da sua namorada.


Perseguição aos sites de noticias

Em finais de 2015, o SINSE, denotou dificuldades para atender uma requisição do ex- Procurador Geral da Republica, general João Maria de Sousa em penetrar no portal Club-K, e produzir informações privilegiadas sobre a sua operacionalidade.


O relatório preparado pelo SINSE – que o Club-K teve acesso – classificado por “muito secreto” foi a Direção Nacional Investigação Ação Penal (DNIAP), para analise de um alto funcionários desta instituição, Napoleão de Jesus Monteiro. No documento eram apresentados nomes de supostos protagonistas do portal, na qual a PGR suspeitava serem “desconhecidos” ou “testas de ferra”.

Fonte: Club-K

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