
A petrolífera estatal angolana Sonangol fechou 2018 com um lucro consolidado de 79.977 milhões de kwanzas (206 milhões de euros), o que traduz uma subida de 190% face ao resultado de 2017.
No entanto, a produção registou uma quebra de 9%. A companhia petrolífera produziu produziu 1,47 milhões de euros de barris por dia (539,8 milhões de euros no acumulado anual), mas beneficiou da subida do preço do crude. Em base individual, o resultado foi de 260 milhões de euros, mas as perdas de outras actividades penalizaram o desempenho final .
Em 2018, o resultado operacional atingiu os 2,8 mil milhões de euros (subida homóloga de 76%), “impulsionado pelo desempenho do segmento de exploração e produção (upstream)“. O grosso do lucro apurado é para abater aos resultados transitados negativos de 321 milhões de euros, mas uma pequena parte vai como dividendo para o Estado: o equivalente a 3,5 milhões de euros.
O relatório da companhia explica a quebra de produção “pela maturidade dos reservatórios, a entrada de novos projectos de desenvolvimento com baixo desempenho, a degradação das instalações de produção e a falta de perfuração de novos poços”.
A produção de gás liquefeito (LPG) esteve igualmente em baixa, registando uma quebra de 27%. As companhias Total, Sonangol, BP e Esso representaram 75% do total da produção do petróleo angolano.
A China foi o maior importador das ramas (65%), seguida da Índia (11%).
A Sonangol é o segundo maior accionista do BCP, com 19,5%. A participação surge no balanço com perdas de 115 milhões de euros, mas em 2018 gerou um ganho cambial devido à desvalorização da moeda angolana.
Na última semana, a Sonangol voltou a reafirmar que a limpeza no sector financeiro não afectará a participação no banco português. Em Dezembro passado, o então presidente do conselho de administração da Sonangol, Carlos Saturnino, acentuou a importância estratégica do investimento no BCP.
Fonte: Expresso