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Sonangol está a abandonar a produção de petróleo

A Sonangol vai vender as participações em mais de 20 blocos petrolíferos. Esta política de alienação de activos é para continuar e poderá contemplar, a médio prazo, a saída do BCP e da Galp.

A Sonangol vai vender, total ou parcialmente, as participações em mais de 20 blocos petrolíferos “offshore”, incluindo os blocos 0 e 14, localizados em Cabinda.

A empresa estatal angolana está a iniciar uma “verdadeira revolução no setor“, dizem fontes conhecedoras do processo ao Negócios. E adiantam que “a política de venda de ativos vai continuar“.

Entre os objetivos desta nova estratégia da petrolífera está, por um lado, a redução da dívida de três milhões de dólares junto das congéneres estrangeiras e, por outro, credibilizar a empresa perante operadores estrangeiros para que estes invistam na prospeção de petróleo, por forma a reverter o declínio da produção de petróleo nos últimos tempos, o que acaba por diminuir drasticamente as receitas fiscais de Angola.

Angola produz atualmente 1,4 milhões de barris de petróleo por dia, e o objetivo a prazo, é o de que a produção cresça em 500 mil barris, aproximando-se dos valores atingidos em 2008.

Com esta vendas, a Sonangol, agora liderada por Carlos Saturnino, inicia uma nova fase: reforça o papel de regulador, abdicando dos ativos de pesquisa e produção. Esta solução acontece depois de João Lourenço, presidente de Angola, ter abandonado a ideia de criar uma Agência Nacional de Petróleos.

A médio prazo estas alienações podem ter repercussões em Portugal, caso a Sonangol venha a alienar a posição que detém no BCP (19,49%) e a participação indireta no capital da Galp Energia, através da Amorim Energia. A Sonangol juntamente com Isabel dos Santos controlam 45% da Amorim Energia, estando os restantes 55% nas mãos da família Amorim.

Fonte: ECO

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