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Theresa May resiste e mantém liderança

A primeira-ministra britânica Theresa May venceu ontem a moção de censura movida pelos deputados rebeldes do seu próprio partido e vai continuar a liderar o processo do Brexit.

No entanto, não conseguiu a vitória conclusiva de que precisava para afirmar a sua autoridade no partido e enterrar de vez a rebelião, que ameaça voltar a erguer a cabeça durante o debate do acordo do Brexit no Parlamento.

Theresa May obteve 200 votos a favor e 117 contra, um sinal claro da profunda divisão no seio dos Tories sobre a forma como tem liderado o processo do Brexit.

A maior parte dos analistas tinha estimado que mais de 100 votos a favor dos rebeldes representariam um sério embaraço para May e uma prova da sua incapacidade de unir o partido.

Com esta derrota, os rebeldes ficam impossibilitados de voltar a desafiar internamente a liderança de May durante um ano, mas isso não significa que enterrem o machado da guerra. Jacob Rees-Mogg, líder da facção rebelde, disse ontem que o resultado da votação é “um sério golpe” na autoridade da primeira-ministra e garantiu que, se May não conseguir concessões significativas de Bruxelas nos próximos dias, principalmente no que diz respeito à salvaguarda da fronteira norte-irlandesa, o acordo do Brexit será chumbado no Parlamento e os rebeldes não hesitarão em juntar-se à oposição trabalhista e aos nacionalistas escoceses para derrubar o governo.

Já May mostrou-se “satisfeita por receber o apoio dos colegas” e prometeu continuar a lutar para “cumprir a missão do Brexit . Para isso, no entanto, precisará de cedências significativas de Bruxelas que, parece não estar disposta a fazer, pelo que tudo se irá jogar no Parlamento, onde May foi esta semana obrigada a adiar a votação do acordo do Brexit por manifesta falta de apoios. Ou seja, continua tudo na mesma.

Fonte : CM.

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