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Total reorganiza actividade em Angola com saída de 150 trabalhadores angolanos

A petrolífera Total iniciou na segunda-feira um processo de reorganização interna em Angola, implicando a saída de 150 trabalhadores angolanos — 8% do total da mão-de-obra da multinacional francesa.

A petrolífera Total iniciou na segunda-feira um processo de reorganização interna em Angola, devido à redução de actividade no país, implicando a saída de 150 trabalhadores angolanos, que representam 8% do total da mão-de-obra da multinacional francesa.

A informação consta de um comunicado enviado esta terça-feira à Lusa pela Total E&P Angola, explicando que esta “reorganização interna” visa “optimizar a sua actual estrutura e que implica uma redução dos seus efectivos” no país, o segundo maior produtor de petróleo em África com mais de 1,6 milhões de barris por dia, onde operando actualmente com 1.700 trabalhadores, 79% dos quais angolanos.

“Quatro anos após a queda do preço do petróleo, período durante o qual a empresa aplicou os seus esforços na optimização das suas operações, na redução de despesas em todas as áreas de actividade (incluindo uma redução significativa de colaboradores expatriados e contratados externos), o contexto actual de forte redução das suas actividades torna necessária esta reorganização”, explica a Total, no mesmo comunicado.

Fonte da Total E&P Angola contactada pela Lusa adiantou que a petrolífera reduziu desde 2014, em 34%, o número de expatriados, e em 58% o número de contratados, “apostando” em colaboradores nacionais. Acrescentou que neste processo de reorganização serão abrangidos, ainda, “mais 40% de expatriados e/ou contratados”.

A multinacional francesa, operador em dois blocos petrolíferos no ‘offshore’ angolano, explica que o “processo de separação” que “será proposto aos referidos colaboradores” inclui um “pacote de indemnizações que reflectem as melhores práticas da indústria e acima do exigido por Lei”.

A empresa sublinha que foi levado a cabo um “processo de reorganização rigoroso e estruturado, que deu prioridade aos colaboradores nacionais na nova organização”.

“Face à redução de actividade que estamos a verificar, a revisão organizacional resultará numa estrutura mais eficiente e com a angolanização reforçada nomeadamente com um incremento de quadros angolanos em cargos de chefia”, explicou, por seu turno, o director-geral da Total, Laurent Maurel.

No mesmo comunicado, o responsável da Total adianta que este processo de reestruturação foi partilhado com as autoridades angolanas, parceiros e representantes dos trabalhadores.

Durante o período de transição após a saída, a empresa garante que continuará a assegurar os benefícios de Saúde durante um ano, disponibilizando ainda um programa de reintegração no mercado laboral e empreendedorismo para os colaboradores interessados.

“Esperamos que, com este conjunto de condições e o apoio à reintegração na vida ativa, os colaboradores possam rapidamente encontrar outros desafios pessoais e profissionais, tendo em conta também a experiência e formação adquiridas na empresa”, concluiu o representante da Total E&P Angola.

Fonte: Lusa

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