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Trabalhadores da RNA suspendem greve após entendimento com a direcção

Os funcionários da Rádio Nacional de Angola (RNA) decidiram suspender a greve, anunciada para segunda-feira, até ao pagamento do salário do mês de Agosto, após um “entendimento com a administração”, disse hoje fonte sindical.

Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), Teixeira Cândido, a decisão da desconvocação da greve de dez dias, inicialmente marcada entre 29 de Julho a 09 de Agosto, foi deliberada na sexta-feira durante uma assembleia de trabalhadores.

“A assembleia deliberou a suspensão da greve até ao pagamento do salário de Agosto nos termos do que foi acordado com o SJA, em que os critérios que devem determinar o enquadramento das pessoas no âmbito da tabela salarial que a empresa apresenta devem ser o da antiguidade, do mérito e respeito dos direitos adquiridos”, disse.

O anúncio de greve interpolada de dez dias na rádio pública angolana foi feito na segunda-feira, 22 de Julho, em protesto por “maior valorização, respeito e melhores condições laborais e salariais”.

Na ocasião, os trabalhadores, entre jornalistas, editores, técnicos e motoristas manifestaram-se “descontentes” com o conselho de administração da RNA, referindo que a mesma “não garantia qualquer confiança”, por não responder os dez pontos do caderno reivindicativo.

Em Fevereiro, os trabalhadores da rádio pública angolana, por intermédio do SJA, procederam a entrega de um caderno reivindicativo com dez pontos, nomeadamente seguro de saúde, melhores condições laborais e proposta salarial com tecto inicial de 180.000 kwanzas (460 euros).

No entanto, na quarta-feira, na sequência do anúncio da greve, a administração da RNA manifestou “total disponibilidade” em dialogar com os funcionários para “encontrar uma solução em sede de negociação com maior brevidade possível”.

Em comunicado assinado pelo presidente do conselho de administração da RNA, Marcos Lopes, a que a Lusa teve acesso, a instituição dizia-se disponível em dialogar para situações “que forem atendíveis e exequíveis nos marcos da lei”.

Hoje, Teixeira Cândido considerou “ilegal” o afastamento de alguns profissionais da rádio estatal angolana por alegada incompatibilidade, referindo que as incompatibilidades “são aquelas que estão estabelecidas na lei em relação aos jornalistas”.

A decisão da suspensão da greve foi aplaudida pelo Ministério da Comunicação Social, que em comunicado assinado pelo titular do sector, João Melo, congratula-se pela decisão dos jornalistas e trabalhadores.

“Como o Ministério da Comunicação Social sempre pugnou, prevaleceu o espírito de diálogo, o bom senso e o realismo entre todos, pelo que este departamento ministerial felicita e agradece as partes, e em particular a todos os trabalhadores, pelo entendimento alcançado”, lê-se.

A Rádio Nacional de Angola é uma empresa de radiodifusão pública da República de Angola, que congrega estúdios centrais em Luanda e ainda emissoras provinciais e locais espalhadas pelo país, fundada em 5 de Outubro de 1977.

Fonte: Lusa

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