DestaquesJustiça

Tribunal Constitucional livra general Higino Carneiro das medidas de coacção

O Tribunal Constitucional (TC) deu provimento ao recurso do general e ex-governador de Luanda, Higino Carneiro, e declarou extintas as medidas de coacção pessoal que lhe tinham sido impostas, tendo sido também restituída a liberdade de movimentos ao actual deputado a Assembleia Nacional pela Grupo Parlamentar do MPLA, considerando que o Tribunal Supremo “violou o princípio de legalidade”, apurou a Vivências Press News, através da decisão que foi tornada pública pelo TC no seu site oficial na Internet.

 No dia 5 de Setembro de 2019, o advogado de Higino Carneiro solicitou ao Tribunal Supremo o levantamento das medidas de coacção pessoal, apresentação periódica às autoridades, interdição de saída do País e termo de identidade e residência, por as considerar ilegais, tendo em vista a sua condição de deputado à Assembleia Nacional, além de terem decorrido mais de seis meses sem que fosse notificado de qualquer acusação formal, alegando também ter sido constituído arguido sem nunca ter sido notificado.

 O político viu negado o seu recurso extraordinário de inconstitucionalidade pelos juízes do Tribunal Supremo.

 Na apreciação, o Tribunal Constitucional (TC) considera que “independentemente de ter havido eventuais prorrogações, os prazos máximos estão todos largamente esgotados o que acarreta a extinção das medidas de coação aplicadas”.

 O TC considerou por isso que o Tribunal Supremo indeferiu o pedido de Higino Carneiro numa altura em que já haviam decorrido os prazos legais sobre a duração das medidas de coação.

 O deputado Higino Carneiro foi constituído arguido em Fevereiro de 2019, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), depois de ser ouvido durante quatro horas na Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP).

 Higino Carneiro foi ouvido na condição de antigo governador da província de Luanda em sede dos actos de gestão praticados de 2016 a 2017. O deputado estava proibido de sair do país. A interdição ficou expressa num comunicado à imprensa da PGR, emitido no dia 13 de Fevereiro. Higino Carneiro é acusado de gestão danosa de bens públicos. É também acusado dos crimes de peculato, violação de normas de execução do plano e orçamento e abuso do poder e de branqueamento de capitais.

Deixe o seu comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Botão Voltar ao Topo

Discover more from Vivências Press News

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading