Notícias

Tribunal Constitucional nega provimento ao recurso da CASA-CE em Angola

O Tribunal Constitucional chumbou hoje o recurso apresentado pela Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), concorrente às eleições gerais de 23 de agosto, para a impugnação dos resultados eleitorais definitivos.

acórdão do tribunal, divulgado hoje, considerou improcedente o requerimento da segunda maior força política angolana, “por não terem sido provadas as alegações da recorrente ou factos e irregularidades da votação atribuídos”.

No seu requerimento, a CASA-CE pedia ao tribunal que considerasse nulo o ato de apuramento eleitoral nacional definitivo das eleições gerais, da qual saiu vencedor o partido Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), com 61,05% dos votos, tendo sido eleito Presidente da República João Lourenço.

A CASA-CE solicitou ainda que fosse efetuado o apuramento dos resultados eleitorais definitivos de 13 províncias, bem como a suspensão dos efeitos resultantes da divulgação pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) dos resultados eleitorais definitivos.

A sustentar o seu recurso, a coligação de partidos juntou seis anexos, contendo diversa documentação sobre o apuramento nacional e provincial, eventual subtração de votos no município do Lubango, conformidade das atas síntese com as correspondentes atas das operações eleitorais de quatro mesas de assembleias de voto e pedido de realização de novo apuramento em 13 províncias e suspensão dos efeitos de apuramento nacional da CNE.

O plenário do tribunal negou provimento ao recurso de contencioso eleitoral interposto pela coligação, que nestas eleições alcançou o terceiro de lugar, com 9,49% dos votos, com 16 assentos obtidos na Assembleia Nacional.

Em declarações à imprensa, a mandatária da CASA-CE, Cesinanda Xavier, referiu que a decisão sobre as medidas a tomar pelo partido será definida na reunião do Conselho Deliberativo Nacional, que se realiza na quinta-feira em Luanda.

A mandatária adiantou ainda que não tendo outra possibilidade de recurso, será analisada “qual a janela” que a lei deixa para saber que decisões tomar, manifestando insatisfação com o acórdão, porque desde o início do processo têm sido denunciadas irregularidades.

“Infelizmente, ao longo do processo fomos tendo respostas negativas, mas acreditamos que em 2022 a coisa será diferente. Valeu a pena termos denunciado as irregularidades, porque o povo angolano tomou conhecimento daquilo que nós constatámos”, referiu.

Além da CASA-CE, o Partido de Renovação Social (PRS) e a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) interpuseram recurso ao tribunal, igualmente julgados improcedentes.

O Tribunal Constitucional vai ainda hoje pronunciar-se sobre o recurso apresentado pelo partido união Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o segundo partido mais votado.

No final da tarde de hoje, está previsto o pronunciamento do presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira, sobre as eleições gerais de 23 de agosto.

Deixe o seu comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Botão Voltar ao Topo

Discover more from Vivências Press News

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading