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Trocas comerciais entre Angola e Índia duplicaram em 2017

O volume das trocas comerciais entre Angola e Índia atingiu 4,5 mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros) em 2017, um aumento exato de 100% em relação a 2016, indica hoje uma nota da embaixada indiana em Luanda.

Segundo o documento, que lembra que o valor das trocas comerciais em 2015 foi de 2,5 mil milhões de dólares (1,95 mil milhões de euros), o montante apurado em 2017 ainda é inferior aos resultados alcançados em 2013, quando atingiram os 7,6 mil milhões de dólares (6,6 mil milhões de euros).

O setor energético absorve a maior parte do comércio, com Angola a assumir-se como o segundo maior fornecedor africano de petróleo à Índia, depois da Nigéria, enquanto Nova Deli presta assistência técnica na área dos recursos humanos no projeto petrolífero Angola LNC, instalado no Soyo (província do Zaire, litoral norte).

No setor não petrolífero, há vários projetos que estão a ser implementados em Angola por empresas com capital indiano, sobretudo nas áreas do comércio a retalho, hotelaria, plásticos, agricultura, sucata e aço.

Segundo o documento, e no âmbito de acordos bilaterais, o Governo indiano abriu três linhas de crédito a Angola, no valor de 85 milhões de dólares (74 milhões de euros), repartidas por projetos ligados à reabilitação ferroviária (40 milhões de dólares), à instalação de um parque industrial (30 milhões de dólares) e para a criação de um programa de apoio aos têxteis (15 milhões de dólares).

Em finais de julho, à margem da 10.º Cimeira dos BRICS, em Joanesburgo, o Presidente de Angola, João Lourenço, reuniu-se com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, em que ficou reafirmada a necessidade de se aumentar o comércio bilateral e de se aprofundar a cooperação em áreas como a energia, agricultura, processamento de alimentos e produtos farmacêuticos.

A 30 de janeiro de 2017, as autoridades dos dois países assinaram um acordo para a criação de uma Comissão Mista Bilateral, a Câmara de Comércio e Indústria Índia-Angola (CCIA), que foi oficializada a 08 de outubro do mesmo ano.

As estimativas apontam para a existência de cinco mil cidadãos indianos a residir em Angola, metade deles ligados ao comércio e à construção.

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