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UNITA retoma propostas de memorando de 2010 sobre gestão da capital angolana

A UNITA, maior partido da oposição angolana, vai reforçar, com novos pareceres, um memorando que entregou, em 2010, ao governo da província de Luanda, para uma melhor gestão da capital, nomeadamente nas questões sociais e na descentralização.

O líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Isaías Samakuva, deslocou-se hoje à sede do governo provincial para abordar com o governador, Adriano Mendes de Carvalho, questões ligadas ao partido e à província, com quase sete milhões de habitantes.

Isaías Samakuva, que considerou “bastante útil” o encontro, disse que o seu partido já fez muitas propostas, em 2010, com a apresentação de um memorando, no qual apontava uma estratégia mais descentralizada e focada na melhoria das condições de vida da cidade.

“Comprometemo-nos ainda a juntar uma série de pareceres que temos, ainda mais recentes, com propostas para a província de Luanda e pensamos que nesse espírito de colaboração, nesse espírito de diálogo, nós todos juntos podemos contribuir para melhorar as condições dos cidadãos de Luanda”, disse à imprensa, no final da reunião de hoje.

Segundo o líder da oposição, o encontro foi “frutífero”, bastando agora colocar em prática as ideias apresentadas.

“Falamos de questões sociais, há em Luanda muitos jovens que afluem esta cidade na busca de melhores condições e ao fim ao cabo, não só do ponto de vista do governo em si e aquilo que nos compete fazer, nós podemos procurar criar essas condições mais para o interior, de modo a evitar esta concentração de cidadãos em Luanda”, apontou.

“De outra forma, nós veremos muita gente a vir para cá, que não encontra emprego e cria situações sociais difíceis”, acrescentou.

O líder da UNITA disse acreditar “piamente” que a criação das autarquias é uma solução para os problemas que o país, e Luanda particularmente, vivem atualmente.

“Não há dúvidas nenhumas, nós acreditamos piamente na necessidade da implementação das autarquias, porque achamos que as autarquias poderão ajudar a resolver muitas das situações do género, por isso mesmo que pensamos que se pode trabalhar no sentido de termos eleições autárquicas em 2020”, frisou.

Por sua vez, o governador de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho, disse que decorrem trabalhos para a desconcentração de poderes, nomeadamente do Governo central, o que é um facto e se realiza sem “quaisquer constrangimentos”.

Adriano Mendes de Carvalho disse que conta com o apoio de todos na resolução de questões de caráter social, estando a aberto a iniciativas não só da UNITA, mas de outros setores da sociedade civil.

“Contamos com o apoio do partido UNITA, que estamos em aberto, não só para a UNITA, mas é extensivo para qualquer outro partido, desde que tragam consigo ideias extremamente maravilhosas para o desenvolvimento desta Luanda, que precisamos desafogá-la, que precisamos do apoio de todas as sensibilidades”, salientou.

O governador disse que a UNITA levou igualmente preocupações relativas à legalização do seu património, assunto para o qual o gabinete jurídico está orientado a dar o devido tratamento.

Fonte: Lusa

One Comment

  1. foi muito bla bla bla e o resultado… a necessidade de implementação das autarquias, porque criar forma de impedir os jovens de procurar Luanda como a salvação das suas oportunidades não compete ao GPL. As autarquias não irão resolver, por toque de magia, os imensos problemas de Luanda!!!

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