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Uso de cheques atinge mínimos em 2017 em Angola

O uso de cheques no sistema bancário angolano está a diminuir, tendo atingido em 2017 um mínimo histórico de menos de 320 mil utilizados para pagamento.

O uso de cheques no sistema bancário angolano está a cair em desuso, tendo atingido em 2017 um mínimo histórico de menos de 320 mil utilizados para pagamento, segundo dados do Banco Nacional de Angola (BNA) compilados hoje pela Lusa.

De acordo com o relatório do banco central angolano, trata-se de uma quebra de 28,5% no número de cheques transacionados, face a 2016, caindo para 319.185, praticamente metade dos cheques que em 2014 foram utilizados pelos angolanos para realizar pagamentos (mais de 625 mil).

O montante envolvido nas transações com cheques em Angola também atingiu um mínimo desde pelo menos 2010 (últimos dados disponibilizados pelo BNA), descendo no último ano para 927.935 milhões de kwanzas (4.100 milhões de euros), igualmente uma quebra superior a 22%, face a 2017. O pico no montante de transações em Angola envolvendo cheques atingiu-se em 2013, antes dos efeitos da crise económica no país, com um recorde de 2,173 biliões de kwanzas (9.600 milhões de euros, à taxa de câmbio atual).

Estas quebras na utilização desta forma de pagamento, que contrasta com o crescimento dos pagamentos eletrónicos, também levaram à descida no total e montantes de cheques sem provimento, que descerem em 2017 para um total de 4.742, uma quebra de 30% face a 2016. Ainda assim, os cheques sem provimento que chegaram aos bancos angolanos no último ano representaram um montante superior a 20.741 milhões de kwanzas (91 milhões de euros).

Angola vive uma crise financeira, económica e cambial, decorrente da forte quebra da cotação internacional do barril de crude, que motivou uma descida para menos de metade nas receitas fiscais com a exportação de petróleo desde finais de 2014, e por consequência na entrada de divisas no país, condicionando toda a atividade económica.

Fonte: Lusa

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