Yuri da Cunha canta Teta Lando em quatro espectáculos

Os maiores êxitos do malogrado músico Teta Lando vão ser interpretados por Yuri da Cunha, em quatro espectáculos, estando os primeiros dois primeiros agendados para a próxima sexta-feira e sábado, pelas 20h, no Royal Plaza, em Luanda.
Concebidos para homenagear um dos ícones da música angolana, os dois espectáculos seguintes acontecerão no dia 17, a partir das 15h, no Royal Plaza, com transmissão em directo pela TV Zimbo, e no dia 18, à mesma hora no Luanda Beach Club, foram .
Em conferência de imprensa, Yuri da Cunha disse ser uma honra honra interpretar temas de Teta Lando, músico por quem tem muita admiração.
“Teta Lando tem temas únicos, cujas letras enalteciam a paz e a inclusão social entre os angolanos”, reforçou.
“A obra de Teta Lando valorizada por muitos, também deve ser paga”, referenciou o cantor, que já tem interpretado alguns temas de Lando em alguns concertos, tendo já tem prontos para este especial Irmão ame o seu irmão, Menina de Angola, Negra de Carapinha dura, Cecília, Angolano Segue em Frente, Vou Voltar, Independência, 14 chuvas, Kimbemba, Um Assobio Meu e Tia Chica.
Yuri da Cunha, que já prestou um tributo a Artur Nunes com o lançamento de um CD com temas deste músico, considerou um momento ímpar na carreira voltar a interpretar canções de um ícone como Teta Lando.
Este projecto pretende ajudar a recuperar alguns temas clássicos da música angolana e deixar um legado às gerações vindouras. Com Paulo Flores na direcção artística, o espectáculo conta com uma banda de músicos experientes e jovens, com Mayo (baixo), Texas (solo), Gildo Umba (baterista), Miqueias Ramiro (teclados), Chalana Dantas e Yasmane Santos (percussionistas), Carla Moreno, Bevy Jackson e Aninhas (coro) e o guitarrista brasileiro Ximinha.
Mito Gaspar, porta-voz, descreveu Teta Lando como um músico de referência e destacou a forma como ele se deu à música. “Não podemos permitir que sejamos esquecidos”, disse o cantor hoje mais ligado ao empreendedorismo que a música.
O porta-voz que teve a honra de abrir o concerto de regresso de Teta Lando, no Fenacult de 1987, enalteceu o lado batalhador do músico que, forçado ao exílio, teve de fazer táxi para sobreviver e vender outras coisas até conseguir erguer a própria editora e lançar outros artistas, como o Trio Camama.
Natural de Mbanza Congo, Teta Lando foi premiado a título póstumo com o Premio Nacional de Cultura e Artes em 2019. Nascido a 2 de Junho de 1948, morreu a 14 de Julho de 2008, em Paris. Ao longo da carreira foi presidente da União Nacional dos Artistas e Compositores.
Com Massano Júnior fez parte do conjunto África Show, como guitarrista. Da sua discografia constam os CD Tia Chica, Independência, Eu Vou Voltar, Semba Rytmée, Reunir, Menina de Angola, Esperanças Idosas e a colectânea Memórias. O regresso ao país aconteceu, 14 anos depois, durante o Fenacult de 1987