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Álvaro Sobrinho interrogado nas Ilhas Maurícias

Álvaro Sobrinho, ex-presidente do BES Angola (BESA), foi ontem interrogado pelas autoridades judiciais das Ilhas Maurícias. O ex-banqueiro foi ouvido, entre outros assuntos, sobre os seus investimentos nas Ilhas Maurícias, arquipélago situado na costa ocidental de África.

O ex-líder do BESA chegou às Maurícias na noite de quinta-feira, segundo revelou ontem a revista “Sábado” no seu site. Ontem, às primeiras horas da manhã, vários responsáveis da Comissão Independente contra a Corrupção (CIC), acompanhados por elementos da Unidade Especial de Apoio, dirigiram-se ao complexo residencial de luxo, Royal Park, para levar Álvaro Sobrinho para o interrogatório. O seu gabinete foi também revistado na sua presença.

Álvaro Sobrinho começou a ser ouvido às 9h30 locais da manhã ( 12:30 em Luanda) e respondeu a perguntas da CIC durante sete horas.

Um dos assuntos sobre os quais foi interrogado foi acerca dos seus investimentos nas Maurícias. O ex-banqueiro saiu do edifício onde funciona a CIC às 16:30 locais acompanhado pelo advogado Moorari Gujadhur. O interrogatório continuará hoje.

De acordo com o jornal local “L’Express”, Álvaro Sobrinho deverá responder a questões relacionadas com o chamado caso Cartão de Platina que já levou à queda da anterior presidente do país, Ameenah Gurib-Fakim, em março deste ano.

As suspeitas sobre as actividades de Álvaro Sobrinho nas Maurícias começaram quando se soube que o ex-banqueiro tinha gasto quase um milhão de euros em carros de luxo ( Jaguar e Range Rover) que terá oferecido a familiares de pessoas influentes no país, como o filho do vice-primeiro-ministro. Várias notícias do jornal “L’Express” levantaram suspeitas sobre a forma como o ex-líder do BESA obteve licença para operar na banca do país.

Em março de 2017, Álvaro Sobrinho negou ter tido tratamento de favor e garantiu que os carros que adquiriu se destinavam a funcionários das suas empresas e não a políticos locais.

Para além da Planet Earth Foundation, Álvaro Sobrinho fundou também nas Maurícias a A&A Foundation, cujo director é José Pinto, ex-administrador da Akoya. Várias notícias dão conta de que o ex-banqueiro terá comprado inúmeras vilas e apartamentos no complexo de luxo de Royal Park, nas Ilhas Maurícias.

Buraco no BESA investigado em Portugal
O buraco do BESA está a ser investigado pelo Ministério Público em Portugal, no âmbito do inquérito do chamado Universo Espírito Santo. No essencial, estão em causa créditos superiores a 4,8 mil milhões de euros que o BESA concedeu a clientes mistério. A situação foi revelada por Rui Guerra, sucessor de Álvaro Sobrinho no BESA, no final de 2013.

Fonte: CM

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