
A economia angolana continuou a sentir várias dificuldades derivadas da crise no país durante o ano de 2018. Dificuldades materializadas no financiamento ou na flutuação cambial que continuam a adiar vários projectos imobiliários no país.
A conclusão faz parte de uma análise recente da consultora Colliers International. Segundo o relatório Angola Snapshop, o novo Executivo tem vindo a lançar algumas reformas para a solidificação e diversificação da economia, diminuindo o grau de dependência da indústria petrolífera, o que tem criado expectativas positivas junto dos empresários.
No mercado de escritórios, o abrandamento da economia resultou na reestruturação de muitas economias, que reduziram os seus quadros e a área ocupada. O stock disponível continua a superar a procura e a pressionar as rendas em baixa nos 50 a 80 dólares por metro quadrado no CBD de Luanda , a uma yeld de 14% a 16%.
Na habitação e na hotelaria regista-se também uma redução da procura em Angola, sobretudo dos expatriados, com a saída de várias empresas do país nos últimos anos. Uma casa em Luanda tem um custo de 3.200 a 6.000 dólares por metro quadrado actualmente, e de 2.000 a 4.500 dólares em Talatona .
Na hotelaria, apesar de uma redução da ocupação, nota positiva para os preços, que se apreciaram nominalmente, devido à flutuação cambial.
Segundo a Colliers , o ano foi fraco em termos de investimento imobiliário, nomeadamente devido aos constrangimentos no financiamento e à escassez de divisas, o que limitou o avanço destes novos projectos .
Fonte: Público.