
As autoridades de saúde timorenses anunciaram esta sexta-feira que os 18 casos de pessoas infectadas e quatro outros prováveis de covid-19 estão circunscritos a quatro locais usados para quarentena de cidadãos provenientes da Indonésia.
“Nenhum dos casos é grave. Há apenas dois ou três com sintomas ligeiros de constipação, mas a maioria está sem sintomas”, explicou Rui Araújo, porta-voz do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC).
“Os testes foram feitos porque foram pessoas que estiveram em contacto com casos positivos”, disse, notando que todos os casos confirmados e prováveis estão em isolamento na Clínica de Vera Cruz, em Díli.
Rui Araújo disse que a maior parte dos casos confirmados, 16, são de um único cluster no Hotel Katuas, no centro de Díli, onde há ainda um outro caso “provável”, cuja primeira análise foi inconclusiva.
O grupo entrou em Timor Leste a 1 de Abril pela fronteira terrestre e foi transportado para Díli.
Rui Araújo confirmou que há também um caso confirmado no Hotel Timing, no centro da capital, de um cidadão que entrou no país a 29 de Março.
Há ainda “um caso provável” do Hotel Fortuna, na zona do Farol, em Díli, que também entrou no país a 29 de Março e um outro caso provável dos timorenses que estavam em quarentena no Hotel Novo Horizonte, na zona leste da cidade, e que entrou no país a 8 de Abril.
Além disso, Rui Araújo afirmou que as autoridades decidiram prolongar o período de quarentena a 14 pessoas que estão num outro hotel, na zona ocidental da cidade.
“São jovens estudantes com menos de 60 anos. São pessoas com imunidade mais forte e sem doenças crónicas, pelo que o risco é pequeno de casos mais graves. Isso dá-nos mais tempo para nos prepararmos”, referiu.
“Mas os jovens têm de contribuir e por isso têm que adoptar e manter o distanciamento social e outras medidas”, sublinhou.
As autoridades timorenses registaram até ao momento 18 casos de covid-19, um dos quais já recuperado, e 195 negativos, registando-se ainda “quatro casos prováveis” a quem é necessário fazer novos testes. Dezanove outras pessoas estão à espera dos resultados.
O porta-voz do CIGC disse que está em curso o processo de compra de material e equipamento médico, incluindo ventiladores – Timor Leste tem apenas um ventilador – e formação em todo o país.
“A equipa de formadores do Instituto Nacional de Saúde, e da organização Maluk Timor, com apoio da ONG e parceiro de desenvolvimento, está a dar formação a equipas médicas nos municípios e nos centros de saúde do país para triagem e consulta”, referiu.
“A triagem tem por objectivo identificar pessoas que possam ter sintomas da covid-19 e faz parte do esforço de prevenção e mitigação”, frisou.
Fonte: Interlusófona