A TAP vai ser nacionalizada. É o resultado da falta de acordo entre o Estado e os accionistas privados em torno do empréstimo de 1,2 mil milhões de euros à companhia aérea.
O Expresso sabe que a administração da Atlantic Gateway, empresa detida por David Neeleman e Humberto Pedrosa e que controla 45% da TAP, inviabilizou esta segunda-feira à noite a aprovação do empréstimo do Estado à companhia aérea, o que levou à ruptura com o Governo.
O diploma de nacionalização vai agora seguir para a Presidência do Conselho de Ministros.
A ruptura resultou do facto de David Neeleman ter recusado as condições impostas pelo Estado português para aprovar o empréstimo. O governo considera que a postura de Neeleman é inaceitável e como tal quer que ele saia da empresa. A permanência de Humberto Pedrosa como accionista foi um cenário admitido pelo governo que ainda poderá estar a ser contemplado no modelo de nacionalização que está em cima da mesa.
As negociações incidiram sobre uma cláusula que permite aos privados recuperarem o dinheiro que emprestaram à TAP através de prestações acessórias (227 milhões de euros) no caso de o Estado reforçar a sua posição accionista na empresa. O governo exigiu que essa cláusula caísse, Neeleman recusou, foi negociada uma redução desse montante mas mesmo assim a diferença de posições inviabilizou o acordo.
A TAP Air Portugal foi criada a 14 de Março de 1945 com o nome Transportes Aéreos Portugueses e é a companhia aérea de bandeira portuguesa, com sede em Lisboa e hub no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, Portugal. A companhia aérea nacional é membro integrante da Star Alliance.
(Em actualização)