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Agência de Apoio ao Investimento de Angola aprovou 42 propostas avaliadas em 342 milhões

A Agência de Apoio ao Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola aprovou, desde julho, 42 propostas de investimento, avaliadas em 342 milhões de euros, adianta o jornal de Angola.

A Agência de Apoio ao Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) de Angola aprovou, desde julho, 42 propostas de investimento, avaliadas em 342 milhões de euros, noticia esta segunda-feira o Jornal de Angola, citando o administrador Lello Francisco.

As propostas, adiantou, juntam-se a 5.000 outras aprovadas durante a gestão das extintas Agência Nacional para o Investimento Privado (ANIP), Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), Agência para Promoção de Investimento e Exportações de Angola (APIEX) e Unidades Técnicas de Apoio ao Investimento Privado UTAIP.

Lello Francisco apontou como o “mais abrangente” entre as propostas aprovadas pela AIPEX um projeto agrícola para produção de milho e soja em Malanje, cifrado em 25,6 milhões de euros.

Outro projeto que destacou é o da modernização da Vidrul, em Luanda, em que serão investidos mais de 17 milhões de euros na substituição dos atuais fornos e na produção de recipientes de vidro para bebidas alcoólicas, refrigerantes e outros produtos.

Conta-se também um projeto de 42,7 milhões de euros para a construção de um parque industrial no Bengo, especializado na produção de vasilhame em cerâmica e vidro para diversas utilidades.

Lello Francisco, que administra a área de avaliação de propostas de investimento, estudos e acompanhamento de projetos da AIPEX, garantiu que as condições para o arranque destes projetos estão “totalmente criadas” e que, no conjunto, resultam na oferta de três mil postos de trabalho.

Estes projetos, acrescentou, têm em comum serem financiados pelos próprios investidores com recurso ao crédito bancário e de terem o potencial para reduzir as importações dos produtos a que se dedicam.

O administrador notou que um dos critérios para a aprovação de propostas de investimento é o dos investidores provarem ter capacidade financeira para suportar os projetos, apesar de a nova Lei de Investimento Privado não definir nenhum valor como premissa para investir no país.

O responsável manifestou preocupação por a maior parte dos investidores tender a investir em Luanda, em detrimento de outros pontos do país, até mesmo para produções em que os recursos não são abundantes nesta região, como é o caso de uma fábrica de laticínios na Zona Económica Especial Luanda-Bengo, no qual são investidos cerca de 42,7 milhões de euros.

A AIPEX, criada em março de 2018, substituiu a UTIP, a UTAIP e a APIEX, instituídas depois da extinção da Agência Nacional para o Investimento Privado (ANIP), em 2015.

Entre as dificuldades que AIPEX enfrenta, o administrador realçou a falta de recursos financeiros e de humanos de qualidade para que a instituição possa deslocar técnicos para acompanhar a execução dos projetos aprovados. “Neste momento temos cerca de 115 funcionários, mas necessitamos de 260”, sublinhou.

Apesar das dificuldades, indicou, a agência está a desenvolver várias ações, com destaque para a instituição do programa de Promoção e Captação de Investimento Privado (PROCIP), para cuja aprovação o executivo já se manifestou disponível.

O PROCIP define cinco objetivos estratégicos visando a promoção e captação de investimento e a valorização de Angola como destino de investimento direto estrangeiro.

Com base no programa, estão a ser identificados países e empresas com potencial e com atividades nos setores prioritários para o Governo, a agricultura, agroindústria, indústria transformadora e pescas, entre outros.

Fonte: Lusa

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