Norberto Garcia reagia a notícias divulgadas, sexta-feira, 16 de março, depois de o presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), José Eduardo dos Santos, ter proposto a realização de um congresso extraordinário para dezembro deste ano ou abril de 2019.
O anúncio foi feito na abertura da quinta sessão ordinária do Comité Central do MPLA, tendo no comunicado final sido informado que terão lugar, este ano, duas reuniões de reflexão sobre a proposta apresentada, a primeira, em abril, pelo Bureau Político e a segunda, em maio, pelo Comité Central.
Segundo o secretário para Informação do Bureau Político do MPLA, não houve rejeição da proposta do líder, conforme avançou o Jornal de Angola na capa da edição deste sábado, 17 de março, houve sim ” um melhoramento” da mesma.
“Estamos a evoluir positivamente, estamos a trabalhar com bastante harmonia e coesão, é evidente que há situações que, em sede das quais, poderá haver uma abordagem mais crítica, menos crítica, o que é normal, estamos em democracia e é isso que nós queremos, um partido cada vez mais democrático, cada vez mais aberto. Discussões houve e houve várias propostas, que não foi só esta. A verdade verdadeira é que perante o facto de ter havido discussão, desta discussão resultou aquilo que nós colocamos no comunicado final”, salientou.
Nos últimos tempos têm crescido os comentários na sociedade angolana sobre a existência de uma suposta bicefalia entre o chefe de Estado angolano e vice-presidente do MPLA, João Lourenço, e o líder do partido, José Eduardo dos Santos, onde se incluem críticas internas sobre a situação.
José Eduardo dos Santos, líder do MPLA desde 1979, anunciou em 2016, que este ano deveria deixar a vida política activa, num processo que ganhou nas redes sociais o nome de JESexit ( abandono da vida política activa por parte de José Eduardo dos Santos).
Fonte: Lusa.
