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TAP é a companhia aérea com mais atrasos do mundo

Até Setembro, foram 100 milhões de euros”deitados fora, perdidos”, lamentou Antonoaldo Neves, referindo-se ao custo dos atrasos da TAP no ano que terminou há dias. Problemas que a companhia aérea portuguesa pretende solucionar com as contratações de pessoal de bordo e a compra de aviões, levadas a cabo desde a privatização.

Com 37 aviões a estrear já em 2019 e a contratação de 500 pilotos e mil tripulantes de cabine entre 2018 e 2019, segundo revelou o presidente executivo da TAP. Antonoaldo Neves está empenhado em resolver um “problema sério” e que traz má publicidade a um companhia que tem potencial para estar cotada entre as melhores do mundo. Mas os esforços da transportadora portuguesa não resolvem tudo, conforme tem dito o CEO : se no aeroporto não se der a evolução necessária, parte dos problemas continuará.

Há três dias, a Bloomberg revelou que a TAP é a companhia com mais atrasos do mundo, segundo o ranking da OAG (empresa que reúne informação sobre as transportadoras), com 42,4% dos voos a aterrar com pelo menos 15 minutos de atraso.

Àquela publicação, a empresa liderada por Antonoaldo Neves realçou a evolução de pessoal e aeronaves promovida nos últimos tempos como essenciais para ajudar a rectificar a situação e justificou parte dos desvios com os “enormes constrangimentos ao nível da infraestrutura” de Lisboa, afirmando estar a trabalhar em conjunto com a gestora aeroportuária ANA e o Governo para mitigar essas falhas.

Antonoaldo Neves reconhece parte da responsabilidade nos atrasos e cancelamentos deste ano.

“Nós tínhamos menos pilotos do que precisávamos, estávamos dependentes da boa vontade do pessoal para trabalhar em dias de folga ou de férias e isso não é sustentável”, afirmou o CEO em Dezembro, revelando a ambição de pôr a pontualidade média da companhia nos 80% (hoje está nos 60%).

“Mas sem as questões do aeroporto estarem resolvidas não será possível atingirmos a fasquia que desejamos”, avisou.

A ANA tem recusado responsabilidades nos atrasos e cancelamentos da operação da TAP, mas a companhia garante que a situação de esgotamento do aeroporto tem influência e não é pouca. “A limitação da infraestrutura não só atrapalha como inviabiliza o crescimento da aviação em Portugal”, afirmou Antonoaldo no ano passado, destacando as “limitações no taxiway, assim como da saída rápida da pista 3/21 e a necessidade de usar a 17/25 como taxiway para ampliação do estacionamento”.

Fonte: Dinheiro Vivo

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