Eugénio Costa AlmeidaOpinião

As FAA em livro do investigador português Luís Bernardino

No próximo dia 30 vai ser apresentado em Luanda o livro “Angola in the African Peace and Security” do Professor e Investigador Tenente-Coronel Luís Brás Bernardino.

O acto vai ocorrer no município de Belas, pelas 10,00 horas, na Academia de Ciências Sociais e Tecnologia, na Avenida Quenguela Norte, e terá como apresentador o General Miguel Júnior e contara com a prevista presença de do General Salviano de Jesus Sequeira, Ministro da Defesa de Angola.

De realçar que esta é uma versão mais contida e inglês da Tese de Doutoramento de Luís Bernardino, “A Posição de Angola na Arquitectura de Paz e Segurança Africana: Análise da função estratégica das Forças Armadas Angolanas”, publicada 2013 e já apresentada em Angola.

Recordo que, no ano passado, elaborei uma recensão sobre esta obra – era para ter saído na Revista de Estudos Africanos, do CEI-IUL, em Dezembro passado – onde assinalo que, entre outros factos, e cito

«em boa hora, face à carência de obras, fora do âmbito da língua portuguesa, sobre a temática castrense angolana e do seu relevante papel para a sustentabilidade da paz e desenvolvimento social e económico, quer no seio da comunidade angolana, em geral, e em particular, no da África Centro e Austral, dispôs trabalhar e produzir esta obra na língua de Shakespeare, e que ora se analisa.

Ao longo (…) das suas 543 páginas, 8 capítulos e excelentes documentos e fotos inéditos, Bernardino oferece-nos, com muita clareza, uma importante contribuição para a historiografia militar angolana, evidenciando a evolução histórica das forças militarizadas angolanas, desde o colonialismo até às lutas pelo nacionalismo angolano, com a presença de três movimentos nacionalistas onde, cada um deles, ostenta seu braço armado, () ao atual posicionamento estratégico e a historiográfico de, como, porquanto e quando as FAA foram criadas (), não esquecendo o relevante contributo de Forças Armadas estrangeiras para a sua efetiva criação, tendo por base os militares das FAPLA e os guerrilheiros das FALA (UNITA), face ao que foi prescrito nos Acordos de Bicesse de 31 de maio de 1991».

Pelo que descreve nesta obra, principalmente pelo importante contributo para a observância das missões constitucionais e para a ajuda à garantia da paz e da segurança no continente Africano, considero que a mesma vai trazer um relevante e forte contributo para o meio académico nacional – além das próprias Forças Armadas de Angola – nos seus estudos de e sobre Angola e sobre o contributo de ambos (Angola e FAA) para a APSA – regional e continental – bem como para a harmonização da estabilidade politica e social nacional e internacional

*Investigador do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL(CEI-IUL) e investigação para Pós-Doutorado pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto**

** Todos os textos por mim escritos só me responsabilizam a mim e não às entidades a que estou agregado


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