DestaquesSociedade

Presidente João Lourenço prevê aprofundar relações com a China

Angola está a negociar a contratação de financiamentos externos de biliões de kwanzas (cerca de 6.000 milhões de euros), dos quais mais de metade são provenientes da China

O chefe de Estado angolano, João Lourenço, felicitou na terça-feira o Presidente da China, Xi Jinping, pela sua reeleição para o cargo e antevendo o aprofundamento das relações entre os dois países.

Numa mensagem de felicitações a que a Lusa teve, esta quarta-feira, acesso, o Presidente angolano refere que a recondução de Xi Jinping é “uma inequívoca demonstração do amplo apoio de que beneficia por parte do povo chinês”, que lhe reconhece “todas as qualidades e virtudes necessárias à condução da Nação chinesa” e “para fazer face e vencer os desafios que se colocam no caminho” do país.

João Lourenço acrescenta, na mensagem enviada a Xi Jinping, estar certo que as relações entre Angola e a República Popular da China, neste novo mandato, “vão continuar a aprofundar-se e na perspetiva de que se alarguem também para setores que as tornem cada vez mais dinâmicas, em prol do progresso e do bem-estar dos nossos respetivos povos”.

A Assembleia Nacional Popular (ANP), órgão máximo legislativo da China, votou no sábado por unanimidade a reeleição do Presidente do país, Xi Jinping, para um segundo mandato (2018-2023), na sessão plenária, no Grande Palácio do Povo, em Pequim.

Xi Jinping, de 64 anos, que devido à reforma constitucional aprovada esta semana também pela ANP pode continuar na presidência da China após 2023, foi eleito com 2.970 votos a favor, nenhum contra e zero abstenções.

A Assembleia Nacional Popular da China aprovou uma emenda constitucional que estabelece uma presidência indefinida para Xi Jinping.

O Governo angolano está a negociar a contratação de financiamentos externos de 1,556 biliões de kwanzas (6.000 milhões de euros), dos quais mais de metade provenientes da China, segundo o Plano Anual de Endividamento (PAE) para 2018.

De acordo com o documento, entre estes financiamentos, que estão “em fase de enquadramento”, 42% desse valor, equivalente a 653 mil milhões de kwanzas (2.525 milhões de euros) será proveniente do Industrial and Commercial Bank of China (ICBC).

O Governo angolano, segundo o PAE 2018, elaborado pelo Ministério das Finanças, prevê ainda contratar 9% desse total – 140 mil milhões de kwanzas (540 milhões de euros) a contratar junto do Eximbank da China.

“Os financiamentos em fase de enquadramento serão maioritariamente alocados para os setores da Energia e Águas, Construção e Defesa”, esclarece o documento.

Só o projeto do aproveitamento hidroelétrico de Caculo Cabaça, no rio Kwanza e que será a maior barragem de Angola, a construir por empreiteiros chineses e financiado pelo ICBC, contará com desembolsos de 160 mil milhões de kwanzas (618 milhões de euros).

Fonte: Lusa

Deixe o seu comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Botão Voltar ao Topo

Discover more from Vivências Press News

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading