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Angola em “permanente colaboração” com Portugal no combate ao tráfico de pessoas

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos angolano disse esta quarta-feira que Angola e Portugal “colaboram permanentemente” no combate ao tráfico de pessoas, sobretudo crianças, com o controlo regular da circulação de pessoas e bens nas rotas aéreas.

Segundo Francisco Queirós, a cooperação entre Angola e Portugal nesse domínio é igualmente extensiva a outros países, porque normalmente são as rotas comerciais da aviação civil que são aproveitadas pelos traficantes para fazerem o fluxo da sua actividade.

“Portugal é o país com o qual Angola tem mais tráfego de pessoas e bens, mas há outros destinos com os quais Angola tem essa relação de controlo de circulação de pessoas e bens. Os traficantes olham para essas vias e aproveitam as debilidades que possam existir em ambos os lados”, afirmou o governante, quando questionado pelos jornalistas.

O responsável falava esta quarta-feira à margem de uma palestra sobre o Tráfico de Seres Humanos em Angola, promovida pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos em parceria com o Serviço Jesuíta para os Refugiados.

De acordo com Francisco Queirós, pessoas vulneráveis à exploração sexual, à exploração do trabalho infantil e à exploração para comercialização de órgãos humanos constituem o perfil da vítima do tráfico de seres humanos no País.

Os “criminosos preferem sobretudo a parte do tráfico sexual, tráfico de seres humanos como mulheres e homens para a exploração sexual, há também o tráfico de crianças para fins de exploração do trabalho infantil”.

Mas, observou, “há um fenómeno muito preocupante ao nível internacional que é a extracção de órgãos humanos, com filas grandes no mercado internacional para poderem fazer o transplante, e então os traficantes aproveitam-se dessas necessidades para poderem traficar também”.

Na palestra dirigida a conservadores e técnicos dos serviços de registos e notariado foram abordados temas como a prevenção sobre tráfico de seres humanos nos serviços de Registos e Notariado e a Apátrida/falta de registo de nascimento como risco para o tráfico.

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